"Todos precisamos de pensar no futuro de modo diferente: um futuro crivado pela mudança, pelo desafio, pelo risco. É uma nova espécie de futuro: não a marcha firme e penosa de progresso entre um momento e o seguinte, pontuada de breves explosões de inovação que caracteriza grande parte da História. (...) O futuro das nossas vidas, do nosso trabalho, dos nossos negócios - e, acima de tudo, o futuro do mundo - depende de adquirirmos um novo conhecimento sobre as mudanças vertiginosas que se estendem à nossa frente. Chamo-lhe "estar pronto para o futuro". (...) Aproximam-se mudanças extremas que designo como Futuro Radical: um futuro altamente dinâmico, disruptivo e multidimensional". Foi assim que o investigador e futurologista James Canton, presidente do Institute for Global Futures, descreveu os tempos que se aproximam, os quais, pela natureza e amplitude das transformações, serão surpreendentes e paradoxais para muitos milhões de seres humanos.
Um dos primeiros documentos que chamavam a atenção para esta fractura com o passado tem um título apelativo e esclarecedor. É o Choque do Futuro, de Alvin Toffler. Seguiram-se outros trabalhos, alguns mais complexos, de diferentes autores onde se destacam Clare W. Graves, Richard Dawkins, Mihaly Csikszentmihalyi, Ken Wilber, Charles Handy, Jenny Wade, Susanne Cook-Greuter, etc.
Todos os seus contributos podem ser inscritos na psicologia do desenvolvimento - o estudo do crescimento e desenvolvimento da mente: o estudo do desenvolvimento e da evolução da consciência.
A maioria dos modelos elaborados até hoje baseiam-se na máxima "tempos diferentes exigem pensamentos diferentes" e defendem que a evolução da mente humana faz-se através de ondas ou estádios que se desenvolvem.